quinta-feira, 19 de novembro de 2009

DO ESPIRITISMO

Os motivos pelos quais considero o espiritismo não bíblico, passarei a descrevê-los. Se capaz fui, pela razão simples, de superar toda uma crença sob a qual nasci, fácil é agora expor simples motivos determinantes de forma imparcial.

A bíblia afirma que existe a possibilidade de um corpo morrer mais de uma vez, como Lázaro que após a morte foi ressuscitado (não reencarnado) morrendo novamente depois. A bíblia afirma também que podemos ser arrebatados, isto é, levados em corpo e espírito ao céu, como é o caso de Jesus e Elias (o profeta). O que torna o espiritismo absolutamente antibíblico também é o fato de não existir uma única afirmação de que um espírito que saiu de um corpo pela morte tivesse novamente regressado a este mundo habitando outro corpo criado por nova concepção e gravidez. O que ocorre é somente uma confusão do que significa ressurreição e reencarnação. Ressurreição é nascer no mundo espiritual depois de ter morrido aqui, ou o retorno do espírito ao mesmo corpo morto dando-lhe novamente vida, como Jesus e Lázaro. Reencarnação é o retorno do espírito a um corpo gerado através de nova concepção e gravidez, que biblicamente não existe. Veremos então o que diz a biblia:

“Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: SENHOR, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir. Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele.” (João 11:39-45)

Como vimos, Lázaro foi ressuscitado e não reencarnado, pois após sua morte física seu espírito voltou ao mesmo corpo morto trazendo-lhe vida novamente, exatamente como Jesus, que após morte na cruz, foi ressuscitado pelo retorno de seu espírito ao mesmo corpo crucificado. Reencarnar não é ressuscitar.

“Mestre, Moisés nos escreveu que, se morresse o irmão de alguém, e deixasse a mulher e não deixasse filhos, seu irmão tomasse a mulher dele, e suscitasse descendência a seu irmão. Ora, havia sete irmãos, e o primeiro tomou a mulher, e morreu sem deixar descendência; E o segundo também a tomou e morreu, e nem este deixou descendência; e o terceiro da mesma maneira. E tomaram-na os sete, sem, contudo, terem deixado descendência. Finalmente, depois de todos, morreu também a mulher. Na ressurreição, pois, quando ressuscitarem, de qual destes será a mulher? porque os sete a tiveram por mulher. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Porventura não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus? Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus.” (Marcos 12:19-25)

Quando Jesus afirma que quando ressuscitarem de nenhum deles seria a mulher, lógico que ele não falou de reencarnação neste mundo, mas sim de ressurreição no mundo espiritual, por isso ele afirma que viveriam como os Anjos que não se dão em casamento. Para os que discordam respondam-me: haveremos de nos dar em casamento em uma única encarnação?

“SEIS dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte, E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.”(Mateus 17:1)

Este versículo fala de uma aparição dos espíritos de Elias e Moisés. Não se trata de seus retornos a este mundo pelo processo da concepção e gravidez. Jesus foi ao alto de um monte e eis que lhe apareceram vindo do céu.

E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas.”. (Mateus 17:10,11)

Vemos claramente Jesus profetizando tanto de seu padecimento futuro quanto a futura vinda de Elias como autoridade restauradora espiritual. Em nenhum momento Jesus afirma que Elias nasceria de novo em carne, ou seja, do ventre de uma mulher.

“Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem. (Mateus 17 : 12)

Acima vemos Jesus afirmando aos discípulos que Elias já tinha vindo a este mundo anteriormente. Elias a que Jesus se referia é o Profeta originário de Tesbi, da região da tribo de Naftali, mais tarde chamada Galiléia, que exerceu seu ministério no reino do Norte, no século IX a.C., em tempos dos Reis Acabe e de Ocozias.

Outro caso de ressurreição, se deu por intercessão do próprio Profeta Elias:

“Então se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao SENHOR, e disse: Ó SENHOR meu Deus, rogo-te que a alma deste menino torne a entrar nele. E o SENHOR ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu. E Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu a sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive.” (I REIS 17:21-23)

Elias, ao final, foi arrebatado aos céus:

“E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.” ( II REIS 2:11)

Espíritos habitam apenas um único corpo físico, e isso é afirmado expressamente pela bíblia, vejamos:

"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo," (Hebreus 9 : 27)

Se nos é dado o direito de morrer uma única vez, impossível a reencarnação. Absolutamente irracional dentro do contexto bíblico.

Pessoalmente não creio que todos os médiuns são farsantes, pois a bíblia nos mostra que demônios podem se passar por espíritos de desencarnados a fazer contato e desta forma fazer pessoas crerem. Onde a bíblia nos mostra que demônios se passam por espíritos a fazer contato?

“Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para que vá a ela, e consulte por ela. E os seus criados lhe disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem o espírito de adivinhar. E Saul se disfarçou, e vestiu outras roupas, e foi ele com dois homens, e de noite chegaram à mulher; e disse: Peço-te que me adivinhes pelo espírito de feiticeira, e me faças subir a quem eu te disser. Então a mulher lhe disse: Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os adivinhos e os encantadores; por que, pois, me armas um laço à minha vida, para me fazeres morrer? Então Saul lhe jurou pelo SENHOR, dizendo: Vive o SENHOR, que nenhum mal te sobrevirá por isso. A mulher então lhe disse: A quem te farei subir? E disse ele: Faze-me subir a Samuel. Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou com alta voz, e falou a Saul, dizendo: Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul. E o rei lhe disse: Não temas; que é que vês? Então a mulher disse a Saul: Vejo deuses que sobem da terra. E lhe disse: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um homem ancião, e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e se prostrou. Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir? Então disse Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se tem desviado de mim, e não me responde mais, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso te chamei a ti, para que me faças saber o que hei de fazer. Então disse Samuel: Por que, pois, me perguntas a mim, visto que o SENHOR te tem desamparado, e se tem feito teu inimigo? Porque o SENHOR tem feito para contigo como pela minha boca te disse, e o SENHOR tem rasgado o reino da tua mão, e o tem dado ao teu próximo, a Davi. Como tu não deste ouvidos à voz do SENHOR, e não executaste o fervor da sua ira contra Amaleque, por isso o SENHOR te fez hoje isto. E o SENHOR entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo; e o arraial de Israel o SENHOR entregará na mão dos filisteus.”( I SAMUEL 27:7-19)

Saul tinha sido abandonado por Deus, visto que o SENHOR te tem desamparado, e se tem feito teu inimigo e o tem dado ao teu próximo, a Davi. Saul tentava contra a vida de Davi, matando qualquer um que o protegesse. A feiticeira descreve primeiramente que via deuses que sobem da terra. Depois, dentre esses deuses, um que tinha aparência de um homem ancião, e estava envolto numa capa, o qual entendendo Saul que era Samuel disse a Saul por que me inquietaste, fazendo-me subir?. Porque esses deuses, dentre eles o profeta Samuel subiram da terra e não desceram do céu? Onde é o Céu e onde é o inferno? Como poderia o verdadeiro Profeta Samuel que estava no céu dizer a Saul que amanhã tu e teus filhos estareis comigo, sendo que Saul, o qual Deus tem feito teu inimigo, não iria pro céu por seus pecados abomináveis, dentre eles o de participar de invocação a mortos, o que, por determinação de Deus, ele mesmo havia proibido em seu reino? Não eram Deuses, porque não existe mais de um deus, nem tampouco o espírito de Samuel e sim demônios a enganar todos ali presentes.

Na parábola do Rico e do pobre Lázaro, Jesus mostra o destino das almas após a morte:

“Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite. (Lucas 16:20-31)

O espiritismo nega a existência do céu e do inferno, pois após a morte não vamos nem para um nem para outro. No livro livro de Suety Caldas Schubert, Mediunidade: Caminho Para Ser Feliz, onde ela escreveu registros feitos pelo escritor Conan Doyle sobre Emmanuel Swendenborg, um médium sueco que viveu em Londres, no ano de 1744, considerado um dos precursores do espiritismo e que narrou em seus livros o que viu no plano espiritual. Conan Doyle escreveu:

"O médium sueco constatou que o Outro Mundo, para onde vamos após a morte, consiste em várias esferas (ou planos), expressando os graus de luminosidade e felicidade. Cada pessoa irá para aquela que se adapte à sua condição espiritual. Viu casas onde residem famílias, templos, auditórios, museus, escolas, academias, bibliotecas. Ali são cultivadas a arte, a literatura, a ciência, a música e os esportes. Havia anjos e demônios, mas não eram diferentes dos seres humanos; eram aqueles que tinham vivido na Terra e que, ou eram almas retardatárias, como os demônios, ou altamente desenvolvidas, como os anjos. Não existem penas eternas. Os que se achavam nos Infernos (planos inferiores) podiam trabalhar para dali saírem, desde que tivessem vontade. Os que se achavam no Céu (planos superiores) também prosseguiam trabalhando por uma posição cada vez mais elevada. Todas as crianças eram recebidas igualmente, fossem ou não batizadas. Cresciam no Outro Mundo; jovens lhes serviam de mães, até que chegassem as mães verdadeiras".

Onde está a razão para deixarmos de crer em Jesus, o filho de Deus que morreu para nos salvar? Onde, porventura, seria sábio crer em homens que a poucos séculos viveram e desacreditar de nosso Salvador? Se acreditamos na bíblia, como podemos duvidar do que fora escrito aos primeiros povos que desde a origem compreende as bases e estruturas do que viria a ser futuramente consumada na doutrina de Cristo, mandamento perpétuo para a humanidade?.

Biblicamente a teoria espírita não existe, sendo uma doutrina sem qualquer fundamento na Santa Palavra de Deus. Tal doutrina desapega-se da bíblia e apega-se a livros escritos por homens a quem nada devemos, ou melhor, que contrariam frontalmente nosso Salvador. Jesus determinou aos apóstolos que após sua morte estes deveriam ir por todo o mundo, pregando o evangelho:

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." (Marcos 16:15)

De qual evangelho Jesus se referia? Claro que exclusivamente o evangelho de sua doutrina e não o envagelho de Allan Kardec, escrito a mais de mil e seiscentos anos depois.

Jesus também deixou este aviso:

"Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus." (Mateus 5:19)

Quais mandamentos seremos chamados os menores no reino dos céus se ensinarmos aos homens de forma errada? Claro que os mandamentos de Jesus excluindo qualquer outro. Biblicamente, qual a posição dos pregadores do espiritismo? Se afirmares que segues a bíblia e o espiritismo em consonância, mentes a ti mesmo, impossível seguir tais preceitos assim, pois que fundados em bases opostas. O espiritismo no máximo, e sendo otimistas, não passa de um conto de fadas onde almas evoluem através de encarnações sucessivas com a finalidade de atingirem posições mais elevadas.

"Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mateus 15:9)

Neste versículo Jesus deixou claro que não existe adoração a ele sem que reconheçamos como absoluta verdade os seus ensinamentos. A falsa adoração deve ser banida por não passar de uma ilusão, pois não passa de uma miragem de um oásis no deserto provocada pelo calor intenso, no caso, doutrinas que são preceitos dos homens.

Se o espiritismo segue os ensinos de Cristo porque fazem vistas grossas ao que Jesus pregou? Jesus ensinou sobre ressurreição ou reencarnação? Porque o espiritismo nega a existência do inferno se foi o próprio Jesus que revelou?

Um dos piores pontos do espiritismo é quando ele renega Jesus, pois conforme esta doutrina não precisamos e nem nunca precisaremos dele, porque não somos salvos do inferno (negam a existência do inferno) em razão de sua morte e sim através de nossa própria evolução é que atingiremos a salvação.

O que se extrai de positivo do espiritismo? Nada. Entretanto, dos espíritas sim, a caridade, pois são os que mais a praticam e desapegam-se das coisas materiais. Conforme já comentado anteriormente, aqui mais uma vez chamo a atenção, em particular dos evangélicos, a uma imediata reflexão a este respeito.

A TRANSFUSÃO DE SANGUE PROIBIDA

Há um tema em particular que devido sua peculiaridade merece maiores explanações esclarecedoras: a transfusão de sangue proibida por algumas instituições religiosas. Ressalvo que, havendo tratamento alternativo, não só religiosos como também qualquer cidadão tem o direito de optar por ele, o que não implica dizer que haja qualquer razão na interpretação bíblica do versículo abaixo. A questão dos riscos à saúde existentes numa transfusão também não é levada em conta aqui, mas tão somente preferir a morte se esta depender de uma simples transfusão de sangue. Vejamos o versículo ao qual esta doutrina se baseia:

"Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá." (Atos 15:28,29)

Para os que afirmam que inserir sangue pelas veias é o mesmo que bebê-lo pela boca, existem algumas observações que ao final deste capítulo ganhará maior sentido, vejamos: enquanto a transfusão promove a vida, o canibalismo promove a morte; enquanto na transfusão existe amor, no canibalismo existe ódio; enquanto a transfusão produz felicidade o canibalismo produz sofrimento. Enquanto na transfusão o receptor não se alimenta pela boca apreciando o que fora retirado do doador sem nenhum arranhão, no canibalismo o agente alimenta-se pela boca apreciando o que fora retirado de sua vítima matando-a. Enquanto na transfusão o doador concorda plenamente com o desejo do receptor, no canibalismo a vítima discorda plenamente do agressor. Aceitar que Deus proíbe matar e concorda deixar morrer como num ritual satânico é atribuir a ele ensinamentos que só do inferno podem sair:

“Sucedeu, pois, que, acabando o SENHOR de dizer a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu vos não trate conforme a vossa loucura, porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó”. (Jó, 42:7, 8 e 9).

Em se tratando de casos onde a morte ou riscos à saúde só podem ser evitados com a transfusão, tal procedimento deve ser aplicado e assim o amor vencer o erro, o racional vencer o irracional e a vida vencer a morte. A doutrina “se depender de sangue morra” é totalmente incompatível com o Cristianismo e quem a pratica comete assassinato, pois que diferença há entre seguidores do Pastor Jim Jones que mataram seus filhos usando cianureto de seguidores da doutrina “se depender de sangue morra” que deixam seus filhos morrerem por falta de uma transfusão?.

Qualquer doutrinador que violar os mandamentos bíblicos e os ensinar aos homens será o menor no reino dos céus:

"Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus." (Mateus 5:19)

Todo aquele que ensinar aos homens doutrinas contrárias à vida torna-se culpado de cada morte que ocorrer. Deus mudou suas leis do VT para o NT mas não dentro do NT, se para Deus uma coisa não pode hoje não poderá amanhã, mas conforme mostrarei abaixo, mudam de idéia dando a entender que Deus mudara sua lei. Um número incalculável de óbitos já foi registrado em razão de proibições dessa natureza. O transplante de órgãos foi proibido até 1989; depois dessa data, foi liberado. Antes, era pecado e classificado como canibalismo. Agora, o “canal de Deus” está convicto de que não é da vontade de Deus que pessoas morram por falta de um coração ou um rim. De igual modo, até 1952 as Testemunhas que recebessem qualquer tipo de vacina (contra febre amarela, por exemplo) se colocava contra a vontade de Jeová e estava sujeita à desassociação (A Sentinela, de 12.10.1921, p.122). Em 1952, a vacinação foi liberada. Agora, os seguidores do “se depender de sangue morra” podem ser vacinados e isto não é mais contra a vontade de Jeová (A Sentinela, de 15.12.1952). Os que morreram por falta de vacinas antes da liberação foram enganados? Claro que sim, por isso sou a favor da responsabilização criminal de todos os que induzem, religiosamente, outros a praticarem atos que resultem danos a si mesmos ou a terceiros, principalmente quando o que se perde é a vida. Voltar atrás não implica afirmar que Deus permitiu agora o que não permitia antes e sim que erraram na intepretação. É chegada a hora do poder judiciário intervir em casos que envolvam religiosos que se escondem por trás de interpretações bíblicas ilógicas e desprovidas de razão, e responsabilizá-los criminalmente pelos resultados de suas ações, haja vista que líderes religiosos não estabelecem regras a uma classe de pessoas livres em suas convicções e sim dominadas pela ilusão de que é o próprio Deus que está a se pronunciar. Erros são humanos, e assim como médicos erram e são responsabilizados, igualmente devem ser também os religiosos. A garantia constitucional quanto ao livre exercício de qualquer crença religiosa deve ser vista com temperamentos, pois a vida está acima dela. A não intervenção, ainda, dos Poderes Públicos no raio de ação desta liberdade do exercício da religiosidade é justamente o que deixa imune esta classe, ainda favorecida pela impunidade de seus atos. Permitir que uma classe de pessoas permaneça indefinidamente imune a qualquer tipo de responsabilização é permitir a desigualdade. Em razão da intransigente decisão antibíblica dos seguidores da doutrina do “se depender de sangue morra”, o Conselho Federal de Medicina, em sua Resolução CEM 1.021/1980, adotou a seguinte posição com relação às crianças: “Se houver iminente perigo de vida, o Médico, obedecendo ao seu Código de Ética Médica, praticará a transfusão de sangue, independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis”. Portanto, com relação às crianças o médico pode salvá-las da morte, cuja perda de vida é satanicamente aceita por seus pais quando são seguidores de religiões contrárias a transfusão em toda em qualquer hipótese, e magistrados têm emitido mandados em situações de iminente risco de vida para crianças, propiciando intervenção policial para que a transfusão se realize. O que é uma decisão absolutamente acertada. Considerando-se que a vida é o bem maior, e que o Código de Ética Médica, no seu Artigo 46 diz que “É vedado ao médico efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu responsável legal, salvo em iminente risco de vida”, os médicos podem agir de forma independente em casos de iminente risco de vida, até mesmo em se tratando de adultos que desejem morrer em nome da “obediência a Jeová”. A Medicina foi criada em favor da vida; mas alguns criam doutrinas em favor da morte. Onde está a razão para crer que uma mãe movida pelo mais sublime amor ao seu filho ferido, ao autorizar uma transfusão considerada imprescindível, algum erro comete diante de Deus? Deus a puniria? Nunca, é absolutamente insano crer que sim, pois se creres nisto crês na verdade é que em Deus existam características de satanás e isso é inaceitável. Suponhamos o seguinte caso: o irmão de um amigo fere-se gravemente necessitando de urgente transfusão de sangue. Este amigo sabendo que o meu sangue é compatível, me liga (movido pelo amor ao irmão). Ao me relatar o ocorrido eu me coloco prontamente a disposição para salvá-lo (movido por amor ao ferido). O médico responsável é tio do acidentado e ao ser chamado as 3:00 horas da manhã imediatamente dirige-se ao hospital para socorrê-lo (movido por amor ao sobrinho). O acidentado é menor de idade e necessita de autorização que é concedida pelo pai (movido por amor ao filho). Como pode alguém acreditar que tantas pessoas movidas exclusivamente por amor ao próximo possam estar violando algum preceito bíblico, sendo que o próprio Jesus ao introduzir no NT mandamentos do VT, ressalvou que se há algum outro mandamento não mencionado devemos deixar o amor ao próximo prevalecer?

"Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo." (Romanos 13 : 9)

Esta parte “e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” é extremamente esclarecedora, pois Jesus resumiu sua lei em amor ao próximo, o que significa dizer que nenhum ato de amor será por Jesus condenado, muito menos quem age movido por amor a vida do próximo.

Quando lemos um livro, as características de algum personagem é construída em nossas mentes. Lendo e relendo os evangelhos, ao me deparar com as passagens de Jesus, e observando atentamente seus atos, suas intervenções, conselhos, sabedoria e curas, em minha mente foram bem definidas as características de sua personalidade, as quais passo a descrever: Ser supremo dotado de poderes sobrenaturais, sabedoria inimaginável e inatingível a nós humanos, eis que conhece céu e inferno, passado, presente e futuro, vida além morte, de onde e como surge a vida. Faz parte da Santíssima Trindade. Conhece o reino do mal, seu líder e seguidores. Conhece anjos, arcanjos, querubins, Deus e as leis que compõem o universo. Vê na vida um bem precioso e a felicidade uma bênção. Tem poder sobre a morte e a vida, e a esta, ama de tal maneira que deu a sua pela nossa. Para mim é impossível imaginar Jesus orientando um médico a não realizar uma transfusão de sangue insubstituível por outro método, e deixar uma pessoa morrer. Jesus não ensinou atitudes que conduzam à morte e sim à vida, tanto física como espiritualmente.

Ninguém tem o direito de exigir de outro que este cometa algum crime, e o crime que se aplica ao médico que deixa de proceder à necessária transfusão de sangue a quem está a beira da morte, é o de omissão de socorro, descrito em nosso Código Penal Brasileiro no Art. 135 – “Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.” A lei pune a simples omissão, independentemente de qualquer resultado, com detenção de 01 a 06 meses ou multa; se, no entanto, em razão da omissão, ocorrer lesão corporal grave, a pena é aumentada de metade, e é triplicada, se resultar a morte da vítima. O sujeito ativo de tal delito é aquele que tem o dever de prestar assistência e no caso de transfusão de sangue, é o médico. De onde uma pessoa que crê na doutrina “se depender de sangue morra” pode achar que tem o direito de exigir que o médico cometa um crime? Se o médico assim o fizer estará quebrando o juramento que fez de defender a vida e se tornando um criminoso, sujeitando a sanções que vão de prisão à perda do diploma.

Aos que ainda discordam, afirmo que se houvesse para mim alguma dúvida (que não há) ainda assim preferiria ser contrário a um entendimento que pela lógica e melhor inteligência não existe na bíblia, do que violar um expressamente mencionado por ela: “não matarás”. Se eu estiver errado meu castigo será infinitamente menor, eis que o resultado de meu erro é salvar, mas para os que procedem o contrário, se estiverem errados, o resultado é matar. Mil vezes melhor errar salvando do que errar matando.

Quanto aos versículos que afirmam não podermos fazer uso do sangue, vejam:

"A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis." (Gênesis 9:4)

"Estatuto perpétuo é pelas vossas gerações, em todas as vossas habitações: nenhuma gordura nem sangue algum comereis." (Levítico 3:17)

"Toda a pessoa que comer algum sangue, aquela pessoa será extirpada do seu povo." (Levítico 7:27)

A problemática questão que envolve debates se a bíblia está ou não a afirmar que se trata de sangue humano não me parece ser o foco. Também me parece fugir a raia a questão de se tratar do sangue com sua vida, ou seja, aquele em que a transfusão não seria o caso por não haver morte alguma. Partiremos levando em conta que a bíblia menciona sangue humano e que não devemos usá-lo como alimento. Em sendo assim, concordo com a afirmação que inserir sangue pelas veias é introduzi-lo em nosso organismo igualmente se ingerido pela boca. Entretanto, a questão não se resolve sob esta análise e sim dos motivos pelos quais procedemos desta forma. A bíblia determina que não devemos usar sangue humano igualmente determina que não devemos matar. Isto não quer dizer que seremos castigados por Deus se matarmos em todas e quaisquer circunstâncias. Não me parece lógico e muito menos sensato acreditar que Deus punirá o policial que matou o assassino que ia matar sua família. Não me parece racional crer que Deus te punirá porque matou o estuprador que atacava sua filha. Matar quase todos somos capazes em defesa da própria vida, de quem amamos e até mesmo de alguém que nem conhecemos. Como poderia ser capaz de matar alguém pra salvar minha filha e não ser capaz de usar apenas um pouco de sangue desta mesma pessoa para manter a vida de minha filha, sem nenhum arranhão causar ao doador? Absurda e inaceitável é a afirmação de que Deus preferente que morramos se não houver outra forma de salvar a vida senão por transfusão de sangue, pois Deus mil vezes mais prefere que usemos o sangue sem ferir para salvar do que ferir matando para salvar. Não devemos matar, mas para salvar vidas Deus não punirá se matarmos. Devemos nos abster de sangue, mas para salvar vidas Deus não punirá seu uso. Para os que discordam alegando que em todas as hipóteses de violação de mandamentos bíblicos há condenação, respondam-me:

1)Todos os policiais que mataram pra salvar vidas estão condenados ao inferno porque violaram o mandamento “não matarás”?
2)Todos os pais que se depararam com bandidos dentro de suas casas e em defesa de suas famílias mataram o agressor estão condenados?
3)Todos os soldados que mataram alemães na 2ª guerra mundial para interromper o extermínio estão condenados?

Se houvesse a possibilidade de que todas estas mortes pudessem ser salvas mediante transfusões de sangue, Deus um bilhão de vezes preferiria assim, pois em vez de haver milhões de mutilados, decapitados, fuzilados e enforcados ocasionando dores e destruições incalculáveis, não haveria sequer um arranhão, sequer uma dor, sequer uma perda, sequer um órfão, sequer uma lágrima.

A crença não se sobrepõe a vida, caso assim fosse, estaríamos em contradição ao não respeitar os direitos dos homens-bomba em nome de Alá.

São hipócritas quando aceitam transplantes e negam transfusões, pois aceitam corações (carne também é proibida) em razão da morte certa à recusa e mantém a proibição do sangue porque há tratamento alternativo (não em todos os casos) justificando-se apenas nas poucas chances existentes de se salvar, o que não é o bastante.

Se tiver lido esta matéria, negar-lhe razão e decidir matar deixando morrer faça-o bem distante da bíblia sagrada e não use jamais a palavra de Deus para justificar o que somente agrada a satanás e sua legião.

Para os que causaram mortes onde o sangue era insubstituível por outro método, e que por este fato se deu o óbito, és UM ASSASSINO, pois acreditar que não é não mudará a verdade como um estuprador não deixará de ser estuprador porque acredita que não é.

DO CRIADOR

Certa vez, em um site ateu, deparei-me com um membro entusiasmado com o aparente sucesso de suas afirmações em razão do meu silêncio diante de suas afirmações. Em determinado momento, ele disse a mim:

“Sinto muito em dizer-lhe isto: O deus que tu tens na cabeça é fruto da insensatez humana. Foi um lapso na história da humanidade inventar tal disparate, você não tem Pai, é órfão de uma coisa inventada e sem sentido.”

A frase que ele enviou é exatamente esta, não que me lembrasse perfeitamente após alguns anos, mas porque a salvei para posterior análise detalhada de seu conteúdo dogmático. Primeiro ele afirmou que minha crença em Deus é fruto da insensatez humana que por um lapso na história da humanidade inventou tal absurdo, o que na verdade implica dizer que homens ancestrais deduziram a existência de Deus sem bases sólidas que tenha capacidade lógica para sustentar tal afirmação. Depois ele concluiu afirmando que não tenho Pai, ou seja, um criador além de meus pais biológicos, sendo órfão do Deus Pai.

Para explicar de modo lógico a existência de Deus, uso o princípio da complexidade, onde o que abrange menor possibilidade de existência ao acaso incide maior dependência de um criador, e quando abrange maior possibilidade de existência ao acaso incide menor dependência de um criador. Assim temos dois pontos: 1º)O que poderia ter feito um pote de barro enterrado a milhares de anos? 2º)O que poderia ter feito tudo que há no planeta terra? Dentro do que entendo por lógica, prefiro crer que o pote de barro surgiu ao acaso através de fragmentos de terra em contato com água que lhe deram forma, do que crer que do acaso tenham surgido a terra, o ar, a água e seres vivos. Homens não se deparam com potes de barro e deduzem sua criação ao acaso, mas se deparam com complexidades bilhões de vezes maiores e ao acaso atribuem sua existência. Existe lógica nisto? Não, não existe. O que ocorre é que conhecendo homens sabem identificar o que é obra de suas mãos e como não conhecem Deus não sabem identificar suas obras e por isso aceitam como lógico o que é bilhões de vezes menos lógico e negam lógica ao que é bilhões de vezes mais lógico.

Cientistas entram em contradição quando estudam determinadas formas vivas e tentam identificar, por exemplo, o porquê das presas tão grandes do Smilodon, popularmente conhecido como tigre-dentes-de-sabre,[1] já extinto. Se ele surgiu conforme teoria da evolução[2] é irracional tal questionamento, pois não há nenhuma inteligência por detrás da teoria criada por Charles Darwin. Charles Robert Darwin FRS (Shrewsbury, 12 de Fevereiro de 1809Downe, Kent, 19 de Abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual[3]. Esta teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na Biologia.[4] Foi laureado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859. Em seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), ele introduziu a idéia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de seleção natural. Esta se tornou a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza.

A tentativa científica em explicar certas características dos seres vivos está mais para confessar a existência divina do que qualquer outra coisa, neste ponto. Se surgimos exclusivamente através da evolução não existe nenhuma força lógica ou qualquer tipo de regras a ser observada durante o processo evolutivo e uma das provas são os próprios dentes do tigre-dentes-de-sabre, uma vez que sobreviveria sem tais presas gigantes, o que leva a crer que é uma mera característica como são as unhas em nós e não uma semelhança da qual nao sobreviveríamos sem ela.

Ateus também insistem nesta modalidade de perguntas: Deus existiu sempre? Que é sempre? Deus criou-se a si próprio para depois começar a criar o universo? Onde é que estava deus quando se criou a si próprio? E como é que alguém se cria a si próprio? Do nada, passando do nada a ser? Se o nada existiu, tudo que veio depois estava contido no nada, mas se estava contido no nada, então o nada não existia?.

Assim como obtivemos explicação para questões um dia inexplicáveis, no futuro muitas questões hoje desconhecidas serão reveladas. O fato de não termos respostas para todas as dúvidas não significa que todas as afirmações ou fatos sejam irracionais, porque envolve situações complexas ainda sob obscuridade, cuja desobscuridade é determinada pelo nível do conhecimento humano em constante mutação e ainda que algo permaneça por milênios sem respostas isso em nada implica a presença do ilógico, pois sabemos que não teremos pleno conhecimento de tudo que há no universo.
[1] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
[2] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
[3] 1,0 1,1 1,2 van Wyhe 2008
[4] The Complete Works of Darwin Online - Biography. darwin-online.org.uk. Retrieved on 2006-12-15.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

AS CURAS DIVINAS

AS CURAS DIVINAS
Luciano do Vale


"E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anunciando o evangelho, e fazendo curas por toda à parte." (Lucas 9:6)

Jesus através das curas teve sua autenticidade reconhecida junto ao povo como filho de Deus.

"Enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus." (Atos 4:30)

Através desta passagem bíblica vemos claramente que só pelo nome de Jesus curas podem se realizar. Entretanto, levanto aqui uma questão bastante relevante ao ser analisada dentro da lógica, que é o ramo da filosofia que cuida das regras do pensar correto, a fim de chegar a conhecimentos verdadeiros usando a razão. Os evangélicos testemunham curas feitas por Jesus. Os católicos testemunham curas feitas por Santos e os Espíritas testemunham curas pelo espírito do Dr. Adolf Fritz, um médico alemão que morrera na Primeira Guerra Mundial, que incorpora em médiuns. Conversando com alguns evangélicos sobre o assunto, ao questioná-los como essas curas feitas por santos e espíritos é possível, já que a bíblia afirma que só há curas pelo nome de Jesus, a resposta que obtive foi unânime: A fé, a crença de que podem ser curados por intervenção divina.

“Não farás para ti imagem de escultura representando o que quer que seja do que está em cima no céu, ou embaixo na terra, ou nas águas debaixo da terra.” (Deuteronômio 5,8) “De que serve a imagem esculpida para que o escultor a talhe? E o ídolo fundido, que só ensina mentiras, para que o artífice nele ponha a sua confiança, fabricando divindades mudas? (Habacuc 2,18)

Bom, dentro então da lógica (da qual não podemos nos desvincular sob pena de desvio da razão e da sanidade), lhes pergunto: Se a bíblia condena toda adoração a imagens, pois que delas emanam ensinos de mentira e que as mesmas também são divindades mudas (no sentido de que nada podem realizar) e que ninguém vai ao Pai senão por Jesus, sendo o único intercessor entre nós e Deus, como poderia Jesus curar uma pessoa que a busca em Nossa Senhora de Fátima ou no espírito do Dr. Fritz? Se Jesus realiza tais curas não buscadas em seu nome, está ele mesmo conduzindo o povo à perdição ao fazê-los crer que imagens e espíritos de médicos desencarnados tem este poder, sendo então corretos os que neles crerem. Esta questão coloca em debate o poder de cura, outrora realizado por Jesus, e agora por padres e médiuns não em seu nome. As curas atuais, embora não semelhantes aos feitos de Jesus, é o motor propulsor de muitas igrejas juntamente com a teoria da prosperidade. Como demonstrado, é antibíblica na visão evangélica, que basta ter fé para que se possa receber curas divinas, mesmo buscando-as nas fora do nome de Jesus. Biblicamente, o que cura católicos e espíritas? Confrontando os testemunhos existentes à palavra de Deus, não encontrei resposta lógica para esta questão.

domingo, 21 de junho de 2009

ATRIBUTOS DE DEUS

ATRIBUTOS DE DEUS

ANALOGIA E LÓGICA

Por Luciano do Vale

Se considerarmos uma pessoa dedicada, sempre presente, honesta, perseverando uma vida inteira nesse propósito, e, ocorrendo algo suspeito, e essa pessoa sendo inocente, mas por ter estado presente no local, ouvir comentários não verdadeiros a seu respeito, como se sentiria? Ofendida não?, sim. Qualquer de nós, mesmo não sendo os perfeitos honestos nos ofendemos quando algo a nosso respeito não verdadeiro seja pronunciado. Através do conhecimento que temos de alguém, podemos até mesmo comparar algum ato a ela e decidir ou não se acreditamos. Por exemplo, uma mulher amável com seu marido e seus filhos, e com todos, seria razoável acreditarmos que ela, quando só, maltratava com espacamentos o cãozinho de sua filha amada? Claro que não. Ouvindo tal estória a rejeitaríamos, em razão de conhecê-la, e assim nos reservaríamos em só acreditar caso realmente provado. Como Deus se sentiria ao ouvir de nós algo a seu respeito não verdadeiro? Imagino, por se tratar de sermos a imagem e semelhança de Deus, que sua reação é a mesma: Sentiria-se ofendido. Podemos ofender Deus? Sim de várias maneiras, e a que aqui comento acredito que aconteça demasiadamente até mesmo dentro das igrejas mais tradicionais.

Sucedeu, pois, que, acabando o SENHOR de dizer a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu vos não trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó. Jó, Cap. 42, versículos 7, 8 e 9.

Neste capítulo bíblico Deus nos mostra que suas ações são justas e que não devemos atribuir a ele nenhuma injustiça. A pouco tempo, falando com uma irmã, ela me disse que o inferno não existe, pois sendo Deus amor jamais faria um lugar assim. Perguntei a ela: Se tivesse uma filhinha de 5 anos e alguém a estuprasse e matasse em seguida fugisse, acharia justo que realmente Deus tenha feito o inferno pra colocar pessoas assim? Ela concordou na hora, pois diante dessa pergunta passou a entender que Deus foi justo ao criá-lo. Bom partindo desse prisma, seus efeitos transcendem. Levanto agora a presente questão: Sendo Deus Justo, ele criou o inferno, cuja existência é justa. Como poderia neste lugar justo criado pelo mais justo de todos, serem aplicadas penas injustas? Por todo o tempo que freqüentei as igrejas evangélicas, me foi ensinado que o inferno é um lugar que há gemidos e ranger de dentes. Assim nas igrejas há um consenso geral que todos queimam igualmente no inferno. Parece-lhe razoável, Deus (justo como é, perfeito como é, santo como é) penalizar alguém por ganância igualmente a Hitler que matou seis milhões de judeus torturados, decapitados, de fome e sede, doentes, mutilados, incluindo crianças? Atribuindo a ele tal personalidade não estaríamos agindo como os amigos de Jó? Ao conhecer certa pessoa supostamente boa, nos resguardamos em acreditar em atribuições aparentemente estranhas até prova definitiva. Assim sendo, poderíamos acreditar em atribuições injustas a Deus? A meu ver, quando Deus referiu-se a atitude dos amigos de Jó como “vossa loucura” mais que claro ele afirmou serem quaisquer atribuições erradas a seu respeito. O que vem a ser analogia? Ora o ponto de semelhança entre coisas diferentes, cuja análise nos mostra a lógica. Lógico é o cruel fazer maldades, lógico é o bondoso fazer bondades, lógico é o médico operar, lógico é o pedreiro construir casas. Lógico não é, Deus cometer injustiças. Lógico não é, Deus aplicar penas iguais para crimes absurdamente diferentes. Lógico não é Deus agir com imperfeição. Lógico é atribuirmos a ele somente ações próprias de um Deus justo, puro em sua moral, integridade e amor. Insano é acreditar que Deus pudesse ser questionado com razão por uma alma condenada, acerca da pena aplicada. Portanto ao mencionar o nome do Deus Santo, fazei com cautela, pra que não deixais a “vossa loucura” lhe condenar.

EUTANÁSIA - UM DIREITO?

EUTANÁSIA

EM CASOS ESPECIAIS IRREVERSÍVEIS
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Por Luciano do Vale

Antigamente detestava este assunto, achava-o desagradável, que era problema dos doentes terminais e seus familiares. Mas agora, repensando a questão, me sito muito arrependido, primeiro porque pela compaixão o tema merece a devida atenção, e segundo, pelo simples fato de poder ser a qualquer momento também um doente terminal. Definindo tal atitude no passado, não há palavras que a caracterize melhor que estas três: UM GRANDE EGOÍSTA.

Nas fazendas, zoológicos e clínicas veterinárias é comum o sacrifício de animais feridos ou doentes irreversivelmente. Motivados pela compaixão, põe fim à vida para cessar o sofrimento. Os proprietários, por mais que os ame, concordam e muitos até pagam alguém capaz de fazê-lo. Em seres humanos, devido à semelhança com o assassinato, o tema ganha proporções gigantescas. Entretanto, devido à enorme relevância da matéria, analiso aqui, somente casos irreversíveis com sofrimento ao ápice, aos quais concordo plenamente, diante da vontade do doente, com uma ação (eutanásia) a fim de proporcionar alívio imediato. Nesses casos especiais, o amor assume papel predominante. Um clássico disso foi o de uma mãe americana que desligou o tubo de oxigênio de sua filha. A garota tinha câncer avançado e já não respondia mais à morfina, vivenciando profunda dor, angústia e depressão, pois permanecia lúcida durante várias horas diárias. Seu quadro foi assim descrito pelos médicos e psicólogos que a acompanhavam:

“Fisicamente, a paciente representa a dor em estado bruto, pois se transformou em ícone desse sentimento, os nervos de seu corpo só se contraem em resposta ao que é, sua boca só pronuncia o que sente, seus ouvidos só ouvem o que de sua boca sai e seu olfato só capta o que seus poros expelem em resposta ao que sente. Psicologicamente, é um caso clássico do cume da ruína humana.”

Sob o ângulo religioso, ouso discordar daqueles que alegam violação ao mandamento “não matarás”, visto que não se trata propriamente de assassinato, porque como disse antes, o que analiso aqui são casos irreversíveis, onde a decisão primordial básica e única é morrer agora ou morrer com antecedência de longos períodos de sofrimento abominável. Também não me refiro às pessoas em coma, que nada sentem. No velho oeste americano, era comum nos enforcamentos, os familiares dos condenados se dependurarem ao seu corpo com a finalidade de encurtar o tempo da angústia, pois não havia mais a possibilidade de salvar suas vidas. Não seria esse ato compaixão?. Atitudes assim eram praticadas pelos parentes mais próximos e jamais foi tida como uma participação efetiva da família no enforcamento. Há também o caso de judeus submersos até o pescoço em água gelada por nazistas, cobaias em estudos sobre morte por hipotermia, sendo mortos a tiros por um amigo. Em certa viagem que fiz, me deparei com dois bois que foram atropelados, os animais quebraram todas as patas e ossos ficaram expostos, todos olhavam angustiados tais sofrimentos. Por decisão geral dos ali presentes, dei dois tiros em cada animal para aliviá-los da dor (jamais o faria se os animais estivessem bem). Diante do exposto extraí as seguintes questões: a) se temos compaixão por animais não deveríamos ter com humanos em idêntica situação? b) se concordamos que a vida de um animal não vale à pena quando só resta sofrimento, a de um ser humano vale?. c) se junto a um animal estiver um ser humano em mesmo grau de sofrimento, ao animal daremos o golpe de misericórdia e o humano entregaremos à própria sorte?. Afim de melhor decidir, nos imaginar em situação com possibilidade de morte imediata ou precedida de longos períodos de dores alucinantes, é o melhor: Se nos amarrassem à uma máquina especial projetada pra matar, e nos der um revólver, e essa máquina começar seu trabalho lentamente, primeiro extraindo uma unha, depois a outra, depois um dedo, depois outro, depois um pé, depois outro (promovendo dores idênticas as provocadas por certos tipos de enfermidades), o que faríamos com a arma em nossas mãos? No meu caso lhes respondo agora: Não sou capaz de matar alguém nem de suicidar, mas diante desse quadro daria um tiro em mim antes que fosse tirada A ÚLTIMA MÃO, e se pudesse, atiraria nas pessoas que na mesma situação que eu, não tivessem uma arma e assim desejassem. Não o faria com a intenção de privá-las de suas vidas, descaracterizando por completo violação ao mandamento "Não matarás", pois movido por compaixão e não ódio.